quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

dieta mediterrânea



Essa é a pirâmide alimentar da dieta mediterrânea na qual usufluimos e que indicamos a todos que fazem nossos cursos de eco-vivência

receita de sampoo

500ml de água20g de ervas (de sua preferência)
1 colher de sopa de cravo em pó
1 colher de sopa de juá em pó
1 colher de sopa de canela em pó
faz um chá de água e a erva e depois que esse chá estiver frio mistura o resto....Se o cabelo for ressecado aumenta a quantidade de cravo e diminui a de canela
Se o cabelo for oleoso aumenta a quantidade de canela e diminui a de cravo.

fotos dos sanitários

Essa foto mostra os dois sanitários o do lado esquerdo é o seco utilizado apenas para as fezes, eventualmente quando estamos utilizando-o podemos fazer a urina junto que isso acontece normalmente, e não ocasiona mau cheiro na compostagem, isso no nosso sistema que a compostagem é feita fora da casa pois nosso banheiro seco nada mais é que um balde queapois utilizado retiramos por cima e levamos para despejar na compostagem que futuramente terá sua foto publicada. O do lado direito é o sanitário para a urina

Esse é o sanitário da urina, vai direto para o círculo das bananeiras, sua descarga foi criada da seguinte maneira:

Ele é interligado a pia do banheiro, então quando usamos para lavar as mãos ou escovar os dentes, qualquer outro uso a agua vai direto para esse compartimento, sem preecisar ter uma descarga convêncional que utilizaria água potável.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

fotos de filtros biológicos

Essas fotos foram tiradas nesse final de semana. Tivemos que refazer os filtros, porque estavam pequenos por isso resolvemos utilizar manilhas concretadas no fundo, agora acreditamos que vai dar vasão.
Nessa primeira foto mostramos apenas a arrumação das manilhas para utilizarmos o nivel do terreno, mas na segunda foto mostramos todos os materiais utilizados na filtragem um vaso grande de cerâmica como primeiro filtro com entrada por cima e saída por baixo para filtrar partículas grandes depois passamos pelas manilhas que são filtros por nível e por último um pequeno lago no fundo feito de pneus de caminhão. esperamos que gostem!










quarta-feira, 12 de novembro de 2008

cosmeticos

COSMÉTICOS:
Os cosméticos são fabricados a partir de produtos químicos que poluem os locais onde são despejados. Existem produtos alternativos que você pode fazer em casa. Além de agredir menos o meio ambiente, você estará fazendo uma boa economia, confira!
SABONETES
Sabonete de ervas
MATERIAL:
- 500g de glicerina tipo A de boa qualidade
- 1 colher (sobremesa) de corante verde
- 2 colheres (sobremesa) de essência de erva-doce
- Um punhado de semente de erva-doce
- 1 colher (sobremesa) de álcool de cereais
- Fôrmas de plástico ou feitas em casa com canos de PVC
Corte uma rodinha de PVC de largura média. Coloque filme plástico sobre ele e, com um elástico, prenda e estique para alisar bem a parte de baixo. Envolva o plástico em volta.
Com tudo em mãos, comece o preparo do sabonete de ervas. Coloque uma panela de ágata em banho-maria e acrescente a glicerina em pedaços. Espere derreter. Não mexa antes que fique bem líquido. Desligue o fogo. Adicione o corante, a essência e mexa bem. Para tirar a espuminha que ficou, coloque o álcool de cereais, misture e reserve. Agora, prepare as fôrmas do sabonete e salpique um pouco das sementes de erva-doce nelas. Aí sim, pegue a mistura de glicerina e vá preenchendo as fôrmas.
Espere esfriar e desenforme com cuidado. O próprio filme plástico serve para envolver o sabonete, ou então, você pode fazer outras embalagens para presente. Coloque o nome da erva ou aroma que você escolheu e está pronta uma ótima sugestão de presente para o Natal.

Sabonete de Aveia e Mel
Materiais :
- 250 grs de base glicerinada para sabonetes ( compra-se em lojas que vendem produtos para sabonetes artezanais ou em algumas farmácias naturais )
- 3 colheres de sopa de aveia em flocos desidratada
- 2 colheres de sopa de mel - 1 colher de sopa de essência de mel ( compra-se em casas de artesanato para sabonetes ou em casas de essências )
Passo a passo :
Derreta a base glicerinada, sem deixar ferver, de modo que atinja a temperatura de 50º C. Adicione a aveia, o mel e a essência. Misture bem e coloque em formas de sua preferência. Deixe secar por 3 horas e embale com papel filme .

XAMPUS
Xampu para cabelos secos
Material necessário
- 1 sabão de coco neutro
- 1 copo americano de leite comum - não pode ser desnatado
- 1 litro de água destilada - encontrada em farmácias
- 1 colher de sopa de erva-doce seca
- 1 colher de pau
- 1 panela de qualquer tipo que comporte 1 litro de água
Passo a passo
Corte o sabão de coco em pedaços pequenos para que ele derreta mais facilmente. Coloque na panela, junte a água destilada e o leite. Não mexa agora. Primeiro leve ao fogo e quando estiver aquecido, mexa até ferver para derreter todo o sabão. Tire do fogo, misture a erva-doce e mexa bem. Usando uma concha, vá retirando o xampu da panela e passando por uma peneira para colocá-lo no frasco. Esse xampu para cabelos secos pode ser guardado em qualquer lugar. Não precisa ser na geladeira.
CABELOS
Máscara Para Cabelos Secos
ingredientes:
1 copo de iogurte natural, meio abacate,
1 colher (de sopa) de óleo de amêndoa doce,
1 cápsula ou ampolinha de vitamina e, (se compra em farmácia ou casas de produtos de beleza)
1 colher (de sopa) de mel,
1 cenoura crua
passo a passo
1. lave o cabelo com xampu habitual antes de aplicar a máscara.
2. bata todos os ingredientes no liquidificador.
3. aplique nos fios espalhando com um pente.
4. enrole a cabeça com papel alumínio e espere 40 minutos.
5. enxague com água morna e aplique condicionador
. 6. repita a cada 15 dias. [
Condicionador para Cabelos Crespos e Afros
½ xícara (chá) condicionador de uso habitual.
¼ xícara (chá) de mel
1 colher (sopa) de óleo de amêndoas
Misture os ingredientes, batendo bem. Aplique a mistura sobre os cabelos úmidos, e deixe agir por 20 minutos. Faça esta aplicação 1 vez por semana.
Tratamento de Choque Para Cabelos Ressecados
1 abacate maduro
1 colher (sopa) de mel
1 colher (sopa) de azeite de oliva puro ou óleo de girassol
1 xícara (chá) de leite integral (não pode ser leite em pó)
Chá de abacateiro feito com 5 folhas da planta para 1 litro de água mineral sem gás.
Bata no liqüidificador o abacate, o mel, o azeite e o leite. Em seguida aplique nos cabelos limpos, do couro cabeludo às pontas, massageando cada mecha de 10 a 20 vezes. Use touca térmica por 30 minutos ou envolva a cabeça com uma tolha quente por 3 horas. Funciona também o uso de touca plástica. Depois remova o creme com água e por último, jogue o chá de folhas de abacateiro em temperatura ambiente sobre os fios. Repita este procedimento 3 vezes na semana até os cabelos ficarem brilhantes e macios. · atenção, se o seu cabelo for longo ou médio dobre a receita · este tratamento hidrata e dá brilho aos fios.
HIDRATANTE DE CABELO
1 cenoura - 1 tomate -
1 pote ( 500 ml ) de creme para máscara de cabelo.
Use o de sua preferência. Bata a cenoura e o tomate ( com casca e semente ) no liquidificador com um pouco de água filtrada. Passe nos cabelos lavados e secos. Coloque papel-alumínio ou uma touca térmica e deixe agir por 20 minutos. Use a quantidade necessária de creme.
Tônico Fortalecedor Para Raiz dos Cabelos · diminui a queda · combate os fungos que atacam os cabelos. 2 colheres (sopa) de folhas e flores de tomilho (encontra-se nas bancas de ervas das feiras livres)
1 copo de água filtrada Leve a água para ferver, ao levantar fervura junte o tomilho. Desligue o fogo, abafe e espere esfriar. Coe. Lave os cabelos normalmente só com shampoo. Retire com uma toalha o excesso de água dos cabelos. Aplique este tônico no couro cabeludo. Massageie delicadamente. Deixe agir por 15 minutos e exangue.
Faça 1 vez por semana.
Crescer Cabelos
A lua tem muita influência sobre os cortes dos cabelos, veja qual o seu caso e escolha a lua certa :
Lua cheia - para os cabelos ralos
Quarto crescente - para os cabelos que não tem bom crescimento
Nova - para quem tem queda de cabelo.
Depois de ter cortado seus cabelos na lua certa, ajude-os a nascer e crescer depressa fazendo o seguinte :
Meça 1 copo com água e coloque numa panelinha para ferver com 10 galhos de "buchinho" ( bucho é uma planta de jardim com folhas pequenas e grossinhas ), em fogo bem baixo e com a panela tampada. Depois, espere esfriar com a panela tampada e esfregue no couro cabeludo este buchinho com o restante da água, insistindo nas partes mais ralas.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

produtos de limpeza

RECEITAS DE PRODUTOS DE LIMPEZA ECOLÓGICOS

Ajude a minimizar o impacto que causamos no planeta, faça seus próprios produtos de limpeza. Além de contribuir para saúde da Mãe Terra, você também fará uma boa economia. Confira e veja a diferença no fim do mês!
SABÃO LÍQUIDO PARA LOUÇA
2 litros de água
1 sabão caseiro ralado
1 colher de Óleo de Rícino
1 colher de Açúcar.
Ferver todos os ingredientes até dissolver e engarrafar.
DETERGENTE ECOLÓGICO
1 pedaço de sabão de coco neutro
2 limões
4 colheres de sopa de amoníaco (que é biodegradável)
Derreta o sabão de coco, picado ou ralado, em um litro de água. Depois, acrescente cinco litros de água fria. Em seguida,esprema os limões. Por último, despeje o amoníaco e misture bem.Guarde o produto resultante em garrafas e utilize-o no lugar dos similares comerciais. Você obterá seis litros de um detergente que limpa, não polui, cujo valor econômico é incomparavelmente menor do que o do similar industrializado.
DETERGENTE ECOLÓGICO MULTIUSO
Água
Vinagre
Amônia líquida (amoníaco)
Bicarbonato de sódio e ácido bórico
Em um litro de água morna (cerca de 45º C), coloque uma colher de sopa de vinagre, uma colher de sopa de amoníaco,uma colher de sopa de bicarbonato de sódio e uma colher de sopa de bórax ou ácido bórico. o Utilize em qualquer tipo de limpeza, em substituição aos multiusos convencionais. o Como qualquer produto de limpeza convencional, mantenha os detergentes ecológicos fora do alcance de crianças e animais domésticos. Fonte: Planeta na Web.
DESINFETANTE PARA BANHEIRO
1 litro de Álcool (de preferência 70º)
4 litros de água
1 Sabão Caseiro
Folhas de Eucalipto
Deixar as folhas de eucalipto de molho no álcool por 2 dias. Ferver 1 litro de água com o sabão ralado, até dissolver. Juntar a água e a essência de eucalipto. Engarrafar.
AMACIANTE DE ROUPAS
5 litros de Água
4 colheres de Glicerina
1Sabonete ralado
2 colheres de sopa de Leite de Rosas.
Ferver 1 litro de água com o sabonete ralado até dissolver. Acrescentar mais 4 litros de água fria, as 4 colheres de glicerina e as 2 colheres de Leite de Rosas. Mexer bem até misturar e depois engarrafar.
LIMPANDO JANELAS E ESPELHOS: Para limpeza de rotina, use 3 colheres de vinagre diluídas em 11 litros de água quente. Se o vidro estiver muito sujo, primeiro limpe-o com água e sabão. Para secar superfícies, utilize tecido de algodão reutilizado ou jornais velhos. Fonte: Greepeace
PARA LIMPAR E DESODORIZAR CARPETES E TAPETES: Misture duas partes de fubá com uma parte de bórax. Pulverize generosamente, deixe descansar por uma hora e aspire. Uma desodorização rápida pode ser obtida pulverizando-se o carpete com bicarbonato e aspirando logo a seguir. Fonte: Greepeace
PARA AMACIAR SUAS ROUPAS Adicione ½ copo de vinagre ou ¼ de copo de bicarbonato durante o enxágüe. Fonte: Greepeace.
LIMPANDO O BANHEIRO Para limpeza geral de banheiros, use escova com bicarbonato de sódio e água quente. Para pias, despeje vinagre e deixe descansar durante a noite, enxaguando pela manhã. Para limpar bacias, aplique uma pasta de bórax e suco de limão. Deixe por algumas horas e dê descarga. Ou utilize uma solução forte de vinagre. Fonte: Greepeace.
PARA LIMPAR VIDROS E TIRAR GORDURA: Use uma solução de vinagre ou limão diluídos em água.
PARA LIMPAR O FORNO Basta uma solução de água quente com bicarbonato de sódio, que deve ser passada com um pano fino.
PARA LIMPAR PANELAS E FORMAS QUEIMADAS: Cubra a área com uma fina camada de bicarbonato de sódio e água e deixe descansar por algumas horas antes de lavar.
OUTRO LIMPADOR PARA JANELAS Misture ½ xícara de álcool, 2 xícaras de água e uma colher de sopa de amoníaco. Coloque luvas e aplique a solução com um pedaço de pano.
JANELAS E ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO Para manter janelas e esquadrias de alumínio sempre brilhando como novas, é só limpá-las uma vez por mês com uma mistura de óleo de cozinha e álcool, em partes iguais. Em seguida é só passar um pano macio ou flanela. Fonte: Livro Sebastiana Quebra-Galho, de Nenzinha Machado Salles.
LIMPADOR PARA PISOS DE CERÂMICA Misture no seu balde de limpeza, aproximadamente 3,5 litros de água com ¾ de xícara de vinagre branco e ½ xícara de amoníaco. Lave o piso como de costume.Fonte: Casa Club TV.
NO LUGAR DA NAFTALINA A naftalina afeta o fígado e os rins, utilize sachês com flores de lavanda em seu lugar.
DESODORANTE DE AMBIENTE Pode ser substituído por uma solução de ervas com vinagre ou suco de limão. Além de gastar menos dinheiro, você vai estar evitando produtos responsáveis pelo aumento de doenças respiratórias e alergias.Fonte: WWF Brasil.
RECEITAS DE SABÃO
Fonte: Centro Ecológico : http://www.ifil.org/rcs/tecnologia/limpeza.htm#fonte
PERGUNTAS PARA EMAIL: centro.ecologico@nol.com.br

* * * * * Alerta: Siga corretamente as proporções e orientações das receitas. A soda cáustica deve ser manuseada com cuidado,para não queimar as mãos (e outras partes do corpo) nem ser aspirada. Muitas receitas foram desenvolvidas, testadas e aprovadas ao longo dos anos, principalmente pelas mulheres do meio rural. Procurando minimizar os impactos do uso de "produtos de limpeza" no meio ambiente e na saúde humana e também, porque não, economizar, buscou-se na memória destas mulheres, e em antigas anotações, receitas práticas, mais baratas e, o mais importante, que não colocam em risco a saúde de ninguém. Aí vão algumas:
SABÃO
O Sabão Caseiro tem como ingredientes básicos:
Gordura
Soda Cáustica
Água
A gordura pode ser sebo de gado, banha ou gordura de aves, que dá um sabão de boa qualidade, desde que misturada à outra. Abacate, quando está sobrando, também pode ser usado como base gordurosa. Pode-se também aproveitar sobras de gordura da cozinha. Antes do uso, elas devem ser lavadas assim: 1 parte de água 1 parte de gordura. Levar ao fogo para ferver. Tirar do fogo, mexer bem e acrescentar 1 litro de água fria para cada litro quente. As substâncias estranhas ficarão depositadas no fundo do recipiente. Quando fria, a gordura ficará solidificada, podendo ser removida. Se estiver muito suja, deve-se repetir a operação. Este processo é bom porque ajuda a tirar o sal da gordura das frituras. A Soda é um mineral, encontrado na natureza em diferentes estados de pureza. Deve ser manuseada com cuidado para não queimar as mãos nem ser aspirado. E sempre bom usar soda de boa qualidade para produzir um bom sabão.
SABÃO NEUTRO OU SABÃO DE ALCOOL
4 Kg de Gordura Animal
2 latas de Óleo de Soja
1 Kg de Soda
3 litros de Água morna
5 litros de Álcool
Derreter a gordura. Acrescentar o óleo de soja. Esperar esfriar um pouco. Juntar o alccol, a soda (dissolvida em um pouco de água) e o restante da água. Pode-se substituir as duas latas de óleo de soja por um 1 Kg de gordura animal. O álcool pode ser substituído por cachaça. Não se deve usar vasilhas de alumínio. A água que será utilizada no sabão pode ser suco ou chá das seguintes plantas: folha de mamão; raiz de guanxuma, eucalipto cidró, hortelã, bardana, tanchagem e babosa. Se você quiser: Sabão para limpeza (roupa, cozinha, etc.) use folha de mamão e raiz de guanxuma. Sabão desinfetante para limpeza de utensílios (tachos, tarros, outros vasilhames, estrebaria, etc.), use: eucalipto cidró, hortelã, própolis (2 colheres de tintura). Pode também ser usado como sabonete:
Sabão medicinal para queda de cabelo e problemas de pele, use: bardana e calêndula
Escurecer cabelo, use: babosa
Clarear cabelo, use: camomila
Para uso diário na higiene pessoal, escolha entre: babosa, própolis, bardana, camomila ou tanchagem
Você pode também fazer esta receita e depois juntar 500gr do sabão pronto ralado com 1/2 copo de suco de uma destas plantas, levar ao fogo até derreter, colocar em forma, deixar esfriar e cortar em pedacinhos.
SABÃO FRIO
12 litros de água
1Kg de farinha de milho
1Kg de soda
4Kg de sebo cozido
Derreter o sebo num tacho ou recipiente grande. Dissolver a farinha de milho em 6 litros de água. Dissolver a soda nos outros 6 litros de água. Misturar tudo e mexer por 40 minutos. Colocar em formas, deixar secar e cortar.
SABÃO DE ABACATE
5 Kg de massa de abacate
1/2 Kg de sebo derretido ou banha
400 g de soda comercial 150 g de breu (encontrado em ferragens ou casas de produtos químicos)
Colher o abacate com cuidado para não machucá-lo e guardá-lo à sombra, até que fique maduro. Após maduro, cortar o abacate ao meio e separar o caroço e a casca da massa. Colocar toda a massa numa vasilha bem limpa e acrescentar a soda, sebo ou banha e o breu. Mexer por uma hora. Colocar numa caixa forrada com plástico e deixar 24 horas para secar (dependendo da umidade do ar, algumas vezes é necessário deixar mais tempo). Cortar em barras. Para maior consistência, acrescentar 2 a 3 colheres de sopa de farinha de milho ou cinzas.
SABÃO DE ERVAS
5 Kg de gordura
2,5 Kg de sebo derretido
2,5 Kg de óleo de cozinha (usado), banha ou gordura de galinha derretida.
1 Kg de soda
4 litros de álcool
4 litros de água ou suco de ervas (tanchagem, babosa, capuchinha, trapoeraba, confrei, calêndula, macaé, eucalipto).
Triturar as ervas e coar. Esquentar o sebo junto com o óleo. Misturar, fora do fogo, o álcool no sebo quente. Misturar a soda com água ou suco de ervas em recipiente não corrosivo. Acrescentar o sebo com o óleo nesta mesma mistura. Misturar bem até espumar. Colocar nas formas. Deixar esfriar e estará pronto para cortar.
SABÃO DE MILHO
6 litros de água
1/2 Kg de soda cáustica
2 Kg de banha ou sebo
1/2 Kg de farinha de milho
Misturar em uma bacia 3 litros de água fervida com a soda cáustica. Acrescentar a banha ou sebo. Desmanchar a farinha de milho nos outros 3 litros de água fria. Adicionar à mistura anterior e mexer bastante, durante 15 minutos. Despejar a massa numa caixa forrada com plástico. Deixar descansar 3 dias antes de usar.
SABÃO DE CINZA
5 Kg de Sebo
2,5 Kg de Cinzas
5 litros de Água
0,5 Kg de Soda Cáustica
Derreter o sebo em fogo lento até ficar uniforme. Ferver as cinzas juntamente com a água por 4 horas. Deixe a cinza assentar e use somente a água para juntar com o sebo. Mexer bem. Juntar devagar a soda, já fora do fogo, e mexer bem até dissolver. Colocar em formas. A cinza tem um alto poder de branquear. Para clarear toalhas de prato, colocá-las de molho, ensaboadas, em um balde com uma "trouxinha" de cinzas. Lavar normalmente no dia seguinte.
DUVIDAS:
Muitas pessoas nos escrevem com dúvidas, tentamos responder algumas mas é importante informar que compilamos este material através de pesquisa na internet e de informaçôes das pessoas (boca a boca, receita da vovó, etc

domingo, 26 de outubro de 2008

Shampoo para cabelos secos

Shampoo para cabelos secos
Material necessário- 1 sabão de coco neutro- 1 copo americano de leite comum - não pode ser desnatado- 1 litro de água destilada - encontrada em farmácias- 1 colher de sopa de erva-doce seca- 1 colher de pau- 1 panela de qualquer tipo que comporte 1 litro de águaPasso-a-PassoCorte o sabão de coco em pedaços pequenos para que ele derreta mais facilmente. Coloque na panela, junte a água destilada e o leite. Não mexa agora. Primeiro leve ao fogo e quando estiver aquecido, mexa até ferver para derreter todo o sabão. Tire do fogo, misture a erva-doce e mexa bem. Usando uma concha, vá retirando o shampoo da panela e passando por uma peneira para colocá-lo no frasco. Esse shampoo para cabelos secos pode ser guardado em qualquer lugar. Não precisa ser na geladeira.
Assista esse vídeo e verá que é possível
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM825558-7823-NY+TIMES+VIVENDO+PRATICAMENTE+SEM+ENERGIA+ELETRICA,00.html

informações importantes

Papo Científico
Cientistas criam ranking dos alimentos nutritivos Brócoli, vagem, laranja e banana estão entre os campeões da listaO que o brócoli, a blueberry (vacínio), o quiabo, a laranja e a vagem têm que o picolé, o chocolate ao leite,o pão branco e o refrigerante não têm?Cientistas americanos afirmam que os alimentos incluídos no primeiro grupo apresentam a pontuação máxima em uma listaque classifica o valor nutricional dos alimentos em escala de 1 a 100 - ou seja, estão entre os mais nutritivos e saudáveis que existem.Os alimentos do segundo grupo, por outro lado, ocupam osúltimos lugares na lista. Picolés e refrigerantes ganham apenas 1 ponto; o chocolate ao leite ganha 3 pontos e o pãobranco, 9 pontos.Liderada pelo especialista em nutrição David Katz, da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, uma equipe com profissionais de diversas instituições criou o ranking de classificação NuVal System (Overall Nutritional Quality Index, ou Índice Geral de Qualidade Nutricional).Os criadores do índice dizem esperar que o NuVal passe a ser usado por milhares de supermercados nos Estados Unidos como um ponto de referência para orientar o consumidor na compra dos alimentos necessários para uma dieta saudável. Informações confusas Katz e seus colegas argumentam que as informações incluídas hoje em embalagens de produtos são confusas e afirmam que o NuVal System pode resolver o problema. Índice NuVal dos AlimentosDamasco: 100Aspargo: 100Vagem: 100Blueberry (vacínio): 100Brócoli: 100Repolho: 100Couve-flor: 100Kiwi: 100Alface (verde e roxa): 100Quiabo: 100Laranja: 100Espinafre: 100Morango: 100Cenoura: 99Toranja (grapefruit): 99Abacaxi: 99Ameixa: 99Manga: 93Batata: 93Cebola roxa: 93Tangerina: 93Banana: 91Milho: 91Uva: 91Maracujá: 78Coco: 24Fonte: NuVal SystemCada produto recebe uma pontuação. Quanto maior ela for, maior ovalor nutritivo do alimento.Segundo o site do NuVal System, ao aplicar os mesmos critériospara todos os produtos, o índice permite comparações entre alimentos de categorias diferentes.Ou seja, se você estiver em dúvida entre chupar um picolé ou umalaranja, poderá saber, sem sombra de dúvidas, que a laranja vaideixá-lo melhor alimentado - de acordo com a tabela dos cientistas.O ranking se baseia em uma fórmula que mede a qualidade nutricional de alimentos e bebidas com base em critérios já estabelecidos por profissionais de nutrição, saúde pública e médicos. Os critérios são, por exemplo, a tabela de doses recomendadas denutrientes - do Institute of Medicine, nos Estados Unidos - e oguia para dieta dos americanos - adotado pelo Departamento deSaúde do país. Informações sobre como bons hábitos alimentares podem auxiliar asaúde e evitar riscos de doenças crônicas divulgadas pelo governo americano também foram levadas em consideração. Combinadas, essas diretrizes foram usadas para quantificar apresença de mais de 30 componentes - como vitaminas, minerais,fibra e anti-oxidantes, açúcar, sal, gorduras trans, gordura saturada e colesterol - nos alimentos.O sistema também mede a qualidade da proteína, da gordura e docarbohidrato, assim como as calorias e a presença de gorduras ômega-3. Índice NuValSegundo a fórmula, se um alimento é rico em componentes considerados favoráveis à saúde, sua posição no índex NuVal sobe. Os componentes "bons" são, entre outros, fibras, vitaminas A, C,D, E, B12, B6, potássio, cálcio, zinco e ferro. Açúcar, colesterol, sal, gordura saturada e gordura trans,quando presentes em um alimento, baixam sua posição no ranking. Para os carnívoros, a tabela NuVal indica que uma costelinha de porco soma 25 pontos, mas o peito de peru sem pele alcança quase o dobro, com 48 pontos.Apesar do índice baixo do chocolate ao leite, que tem 3 pontos, o meio-amargo tem desempenho melhor, com 10 pontos. A tabela no site do NuVal System não menciona a pontuação de alguns favoritos na dieta dos brasileiros, como o pão de queijo e o brigadeiro.

suco de abacaxi com casca

Receita do suco de abacaxi com a casca: Recentemente vi em um programa de televisão uma pessoa fazendo um suco com a casca do abacaxi, achei um pouco ilógico. A receita era com a casca, água , açúcar e coava no final. Fiquei me perguntando o que a pessoa fez com o abacaxi? Por que usar água e não a polpa do abacaxi, por que colocar açúcar se o abacaxi é tão doce? Se o fato de reutilizar uma casca de fruta só pode ser feito se for colocando açúcar, não faça, açúcar não é comida éveneno para sua saúde. Sendo assim criei uma receita de suco de abacaxi com a casca, mais ecológico, mais lógico: 1 Abacaxi1 folha de almeirão2 folhas de beterraba1/2 copo de semente de girassol germinada Procedimento: Lavar o abacaxi bem lavado com uma escovaPicar o abacaxi com a casca e tudo em cubinhos. Bater no liquidificador, com casca e tudo use um pepino como socador.Coar, voltar com o líquido gerado para o liquidificador ebater o resto do abacaxi e as folhas e as sementes de girassol. Coar novamente, beber.

cultivo da grama de trigo

Assista o vídeo de como cultivar grama de trigo, uma ótima opção para o suco de luz:
http://www.comidaecologica.com.br/videos-ecologicos/Como_plantar_grama_de_trigo_-_todos_os_segredos_suco_grama_de_trigo.html

sábado, 25 de outubro de 2008

alimentação ecovivente

Suco de Luz do sol 100% Ecológico
Talos de 5 folhas de couveTalos de 1/2 maço de agrião5 Maças1 copo de semente de girassol germinado2 fatias de moranga1 cenouratalos de um maço de hortelãProcediemento:Bater o coar.Obs:O suco de luz e o suco verde são realmente complementários, acho que um pela manhã e outro pela tarde seria o perfeito, porém caso não tenha tempo, faça o turbinado. Iremos explicar depois.Suco Verde5 Folhas de Couve (uma mão cheia)2 Mangas2 bananas (uma com casca)Procediemento:Bater e tomarObs:Este suco por não ter o agrião ficou melhor. Folhas de gosto intenso não são muito interessantes no preparo de sucos, muito menos no suco verde.Salada para hiper feliz1 tomate1 pé de chicória1/2 abacate1/2 cebola brancaMolho de morango:1 pimentão vermelho1 tomate1/2 cebola20 morangos com rama verde e tudoProcediemento:Rasgar as folhas de chicória com a mão e picas os outros ingredientes bem fininho
1º Vinho vivo
1 Beterraba4 copos de uva rocha1 pedacinho de pimenta dedo de moça1 pimentão vermelho2 maças Bater tudo no liquidificador, deixando a uva por último, coloque a uva e bata só uns segundos, pois se bater muitofica amargo pela semente. A semente da uva tem um óleo muito interessante para a saúde, você escolhe se quer sabor ou nutrientes. Se quer nutrientes bata com as sementes por mais tempo. Coar na panela furada #2 ------------------------------ 2º Champanhe viva
8 copos de uva branca1 pêra1 pedaço de gengibre4 maças Mesmo procedimento que o anterior. Obs: A semente de maça é amarga como todas as sementes de frutas pois não querem ser comidas, querem vivar árvores.Por isto tem uma grande quantidade halcalóides para que você coma a polpa e cuspa a semente, porém existe uma vitamina que foi considerada a única vitamina que está comprovado sua prevenção contra câncer. Sendo assim escolhe sabor ou nutrientes. Se quer a B17 bata por mais tempo maça + sementes se quer sabor tire as sementes. Atenção: Evite fazer suco de maça com a semente todos os dias pois deixa de ser interessante para se tornar tóxico. Leve claro, mas tóxico. Use duas vezes por semana por exemplo. http://clica-aqui.com/PanelasFuradas/
Suco de papaína
Na natureza é assim, o que deveria ser comido pelo ser humano tem gostobom, o que não deveria tem gosto ruim. A mãe natureza inventou os alcalóidespara que se insistimos em comer o que não deveríamos o gosto é desagradável, porém em alguns casos este alcalóides são de extrema 1 Mamão formoso com casca (lave bem) ou 4 copos de mamão1 colher de chá rasa de semente de mamão3 folhas de couve3 folhas de chicória1/2 copo de água

Nome: SUCO DE LUZ DO SOL (SUCO VIVO)
Informações:Cortar uma maçã em pedaços pequenos e tirar as sementes grandes.Colocar no liquidificador. Usar um pepino como socador para auxiliar a extrair o líqüido que mora dentro das hortaliças. Acrescentar os grãos germinados*, as folhas verdes comestíveis, o legume e a raiz escolhidana proporção indicada, variando as hortaliças sempre que possível eprivilegiando as de produção orgânica. Coar em um pano e beberlogo em seguida.Legumes e raízes: cenoura, abóbora, maxixe, batata-doce, inhame, quiabo, couve-flor, abobrinha, nabo, beterraba.*Como germinar grãos1 - Colocar de uma a três colheres de sopa de grãos em um vidro e cobrir com água limpa.2 - Deixar de molho por uma noite (8 horas).3 - Cobrir o vidro com filó e prender com elástico. Despejar a água e enxaguar bem sob a torneira.4 - Colocar o vidro inclinado em um escorredor em um lugar sombreadoe fresco.5 - Enxaguar pela manhã e à noite. Nos dias quentes, é preciso lavar maisvezes. Os grãos iniciam sua germinação em períodos variáveis. Em geral, estão com sua potência máxima logo que sinalizam, o processo do nascimento, quando ficam prontos para serem consumidos.Sugestões de sementes:Todas as sementes comestíveis, tanto pelo homem como pelos pássaros:girassol, painço, niger, colza, aveia, trigo, linhaça, arroz, soja, centeio, gergelim, grão-de-bico, amendoim, lentilha, nozes, castanha-do-pará,amêndoas, ervilha, feno-grego etc.Um dos ingredientes mais importantes é a "grama" do trigo. Muito rica em clorofila, é encontrada em mercados e muito fácil de ser plantada em casa. É só comprar sementes de trigo e colocar em bandejas de isopor ou copos plásticos. Basta regar que ela brota, nem precisa de terra. O ideal é comer enquanto está verdinha, atéa altura de cerca de um palmo.
Receita de leite da mãe terra:
1 copo amêndoa germinada2 copo de banana3 copos de águaBater a amêndoa com a água no liquidificadorCoar em uma penela furada #2bater novamente com a banana.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

chá filosófico

Chá Filosófico

UM POUCO DE SILÊNCIO
Lya Luft, do livro Pensar é transgredir.
Nesta trepidante cultura nossa, da agitação e do barulho, gostar de sossego é uma excentricidade.
Sob a pressão do ter de parecer, ter de participar, ter de adquirir, ter de qualquer coisa, assumimos uma infinidade de obrigações. Muitas desnecessárias, outras impossíveis, algumas que não combinam conosco nem nos interessam.
Não há perdão nem anistia para os que ficam de fora da ciranda: os que não se submetem mas questionam, os que pagam o preço de sua relativa autonomia, os que não se deixam escravizar, pelo menos sem alguma resistência.
O normal é ser atualizado, produtivo e bem-informado. É indispensável circular, estar enturmado. Quem não corre com a manada praticamente nem existe, se não se cuidar botam numa jaula: um animal estranho.
Acuados pelo relógio, pelos compromissos, pela opinião alheia, disparamos sem rumo - ou em trilhas determinadas - feito hâmsteres que se alimentam de sua própria agitação.
Ficar sossegado é perigoso: pode parecer doença. Recolher-se em casa ou dentro de si mesmo, ameaça quem leva um susto cada vez que examina sua alma.
Estar sozinho é considerado humilhante, sinal de que não se arrumou ninguém - como se amizade ou amor se “arrumasse” em loja. Com relação a homem pode até ser libertário: enfim só, ninguém pendurado nele controlando, cobrando, chateando. Enfim, livre!
Mulher, não. Se está só, em nossa mente preconceituosa é sempre porque está abandonada: ninguém a quer.
Além do desgosto pela solidão, temos horror à quietude. Logo pensamos em depressão: quem sabe terapia e antidepressivo? Criança que não brinca ou salta nem participa de atividades frenéticas está com algum problema.
O silêncio nos assusta por retumbar no vazio dentro de nós. Quando nada se move nem faz barulho, notamos as frestas pelas quais nos espiam coisas incômodas e mal resolvidas, ou se enxerga outro ângulo de nós mesmos. Nos damos conta de que não somos apenas figurinhas atarantadas correndo entre casa, trabalho e bar, praia ou campo.
Existe em nós, geralmente nem percebido e nada valorizado, algo além desse que paga contas, transa, ganha dinheiro, e come, envelhece, e um dia (mas isso é só para os outros!) vai morrer. Quem é esse que afinal sou eu? Quais seus desejos e medos, seus projetos e sonhos?
No susto que essa idéia provoca, queremos ruído, ruídos. Chegamos em casa e ligamos a televisão antes de largar a bolsa ou pasta. Não é para assistir a um programa: é pela distração.
Silêncio faz pensar, remexe águas paradas, trazendo à tona sabe Deus que desconserto nosso. Com medo de ver quem - ou o que - somos, adia-se o defrontamento com nossa alma sem máscaras.
Mas, se a gente aprende a gostar um pouco de sossego, descobre - em si e no outro - regiões nem imaginadas, questões fascinantes e não necessariamente ruins.
Nunca esqueci a experiência de quando alguém botou a mão no meu ombro de criança e disse:
- Fica quietinha, um momento só, escuta a chuva chegando.
E ela chegou: intensa e lenta, tornando tudo singularmente novo. A quietude pode ser como essa chuva: nela a gente se refaz para voltar mais inteiro ao convívio, às tantas frases, às tarefas, aos amores.
Então, por favor, me dêem isso: um pouco de silêncio bom para que eu escute o vento nas folhas, a chuva nas lajes, e tudo o que fala muito além das palavras de todos os textos e da música de todos os sentimentos.
Esse texto foi copiado do blog http://sitiocurupira.wordpress.com/cha-filosofico/

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

parto domiciliar

Pra que parir? Muitas pessoas que vêem toda esta movimentação feminina e profissional pró-parto normal nos perguntam como pode ser melhor ter um parto demorado, dolorido e improgramável, do que uma cesárea rápida, anestesiada e com dia e locais previamente marcados, “sem” surpresas. Como se é tudo apenas a forma de trazer a criança do útero pra cá fora? Como pode ser mais emocionante se ser mãe é ser mãe, independente da forma como o bebê nasce?! Não vou nem tocar no aspecto do risco meramente físico, porque me recuso a acreditar que a maioria das pessoas informadas escolheria cesárea, que é a opção de maior risco. Não deve ser tão comum uma mulher verdadeiramente instruída quanto às possíveis conseqüências, livre de preconceitos escolher uma via de parto que proporciona a si mesma e ao filho mais riscos de doenças e morte. É obvio que há um equívoco social pró-cesárea, o vulgo preconceito. Se a escolha da cesárea estivesse diretamente ligada à informação, as norueguesas, dinamarquesas, japonesas e suíças não escolheriam o parto normal> Nesses países temos as mulheres com melhor qualidade de vida do mundo, as mais ricas, as mais inteligentes e saudáveis, respectivamente. E em todos eles, a taxa de cesárea é menor que 15% contra nossa media nacional de 30. Mas no Brasil, um país lindo e diversificado, mas também subdesenvolvido, cheio de preconceitos – e peculiaridades – tinha que ser diferente. Aqui supervalorizamos a tecnologia descriteriosa. Como se, em qualquer situação, o uso indiscriminado da tecnologia significasse qualidade. Menosprezamos nossas parteiras, cujas mãos trouxeram ao mundo toda nossa ascendência. Diminuímos a sabedoria popular por papel e carimbo. Trocamos os milenares chás por comprimidos sem maiores questionamentos, desde que o desconforto passe. Mesmo que a paz seja momentânea. E cara. E escolhemos a cesárea... Para não sentir nada. Escolhemos o remédios... Para não sentir nada. Escolhemos a ignorância... Para não sentir nada. Eu quero sentir tudo. Eu vim a este mundo para sentir. Para fazer a diferença. Não para viver anestesiada nos instantes mais significativos da minha vida, não para ser mais uma. Vim para amar, admirar, encantar e me encantar, comover e me comover, para chorar e as vezes ate para me entristecer, me acabar e depois dar a volta por cima. Viemos para muitas coisas, menos para não sentir, não nos entregar. Viemos a este mundo para sermos humanos, gente e mulher. Não faz sentido cantar “o acaso vai me proteger...” e temer cada surpresa, cada susto que se leva com medo de qualquer coisa que se mova. Ignorando as complicações corporais de uma cirurgia como a cesárea, ainda temos as desvantagens psíquicas, como o aumento da probabilidade de desenvolvimento de psicose e depressão puerperal e redução drástica do sucesso da amamentação. A mulher operada dificilmente dará o primeiro banho em seu filho e terá dificuldades ou talvez nem possa realizar outros primeiros cuidados com o bebê afrouxando o vinculo ainda mais. A mulher que se submete a cesárea (com ou sem necessidade), pode estabelecer uma relação tão boa ou melhor com o filho do que a que pare de fato. Mas ela não poderá recorrer aos mesmos fatores instintivos/hormonais só liberados após o parto vaginal. A mulher cesareada acapa precisando lançar mão de outros recursos peculiares à especie humana como o desejo consciente da maternidade e a vontade de realizar outras atividades maternas, como a amamentação, por exemplo. Porque a ligação biológica já lhe terá sido furtada. Pra que parir? Eu poderia responder que é mais seguro simplesmente. Entretanto, é para trazer nossos filhos ao mundo de uma forma menos violenta que deu certo por milhões de anos. Seria também romântico e religioso afirmar que foi a maneira pela qual Buda, Maomé e Jesus nasceram. Mas hoje em dia, quem se importa? De qualquer forma parir é um dom divino. E como todos os dons divinos, não podemos deixar que tirem isso de nós. Principalmente quando não é por razões tão nobres. Tantos leigos e profissionais nos chamam de radicais por darmos preferência ao parto normal. Nós e a ciência, os radicais. Mas estamos apenas sendo corretos. Não pedimos nada alem do que é certo, seguro e ético. O contrario disso é que é errado. O parto não tem que doer, não tem que fazer sofrer, não tem que violentar. A luta é fazer o parto e o nascimento não se banalizarem. Fazê-los valerem a pena. Porque valem.

sábado, 18 de outubro de 2008

logosofia

LOGOSOFIA: http://www.logosofia.org.br
Sugerimos ao leitor a seguinte experiência: pegue uma folha de papel em branco e no centro da mesma desenhe um ponto preto (ou azul, amarelo - a cor não importa).Olhando agora atentamente para a folha, responda: O que você está vendo?Se você responder como a maioria das pessoas a quem já propusemos esta questão antes, dirá que está vendo um ponto preto.
Daí lhe perguntaríamos: Mas com tanto espaço em branco em volta, você só consegue ver o ponto preto???
Agora pense: Será que não é exatamente desta forma que costumamos lidar com muitos de nossos problemas? Será que às vezes ficamos remoendo um problema, pensando nele exaustivamente, 24 horas por dia, na tentativa de achar a solução? ( E então, cansados de tanto pensar, vamos dormir, em seguida acordamos subitamente no meio da noite e eis que nos aparece uma idéia nova, algo que não havíamos pensado antes – “Eureca”!!!) E também: será que às vezes nos concentramos obstinadamente nas coisas que não estão dando certo, ao invés de olharmos também para aquelas que são satisfatórias ou que podem nos proporcionar mais caminhos, recursos e soluções?
Via de regra, não é analisando o ponto (o problema em si) que encontraremos a solução porque esta geralmente se encontra no espaço em volta. A solução não costuma estar no problema em si mas em nossa criatividade, que nos possibilita acesso a outras possibilidades.
Imagine uma pessoa perdida no meio de uma floresta. Ele anda, anda, mas não sabe onde está, não sabe para onde está indo. Todavia, se ela conseguir subir num ponto bem alto e olhar a floresta à distância, poderá ter uma visão do todo e então saber para onde ir. Assim também acontece com nossos problemas. Por vezes, falta-nos a visão do todo porque ficamos muito concentrados “no ponto” (problema).
Se for este o seu caso, saiba que não está sozinho. Por muitos anos as pessoas vêm sendo treinadas a pensar de forma analítica, indo do todo às partes, esmiuçando problemas, analisando-o em partes cada vez menores.Até mesmo a educação oferecida nas escolas caminhou por esta trilha durante muito tempo. Exemplos: análise sintática, alfabetização pelo método analítico (que parte do todo e vai às partes: barriga:ba-be-bi-bo-bu; muitas vezes preocupando-se apenas com a mecânica do processo da leitura e escrita, desvinculando as palavras de seus significados e contextos - aquelas frases tolas que as crianças eram obrigadas a ler).
É como se o microscópio usado nos laboratórios de pesquisa passasse a ser uma maneira única e exclusiva de ver o mundo, generalizando-se a crença de que absolutamente tudo poderia ser compreendido e obtido por meio da análise (note-se que analisar significa decompor em partes menores, ir do todo para as partes). Tudo isso condicionou em nós uma certa maneira de olhar para o mundo, de entendê-lo e experimentá-lo.
Sabemos que o raciocínio analítico é uma atividade do hemisfério esquerdo do cérebro (para os destros; para os canhotos é o hemisfério direito quem exerce este papel). O hemisfério esquerdo é aquele que percebe o ponto preto na folha ( vê a parte, não o todo). Já o hemisfério direito é criativo, vê o espaço em volta, o todo, as relações que existem entre as coisas.
Por exemplo, qual a relação existente entre os elementos abaixo?
1) folha – fala – fonte – festa2) gato – cobra - elefante – camelo3) Brasil – Canadá – E.U.A. – Japão
(Respostas: 1) palavras começadas com f; 2) animais; 3) países.)Quem percebe as relações, aquilo que há em comum entre as situações ou coisas, é o hemisfério direito.
Nós precisamos dos dois tipos de raciocínio, tanto o analítico (hemisfério esquerdo) como o sintético (aquele do hemisfério direito). Nenhum dos dois é melhor ou pior. Problemas acontecem quando se adota um deles de forma exclusiva ou preferencial, quando se é treinado a usar muito um deles e pouco ou nada o outro. É como a pessoa que compra um martelo e começa a tratar todas as coisas como se fossem pregos… Um martelo é um instrumento útil, mas não serve para tudo…
Também na área do comportamento humano, na tentativa de entendê-lo e explicá-lo, surgiram diversas abordagens. Muitas delas priorizaram o raciocínio analítico (dentre elas, a psicanálise de Freud, que no próprio nome- psicanálise - já contém a análise). Não questionamos o mérito da psicanálise e como ela influenciou profundamente a forma como passamos a enxergar o mundo, as pessoas e a nós mesmos. Ela foi incorporada à nossa cultura e tornou-se comum ouvirmos as pessoas falarem em Complexo de Édipo, Superego, Freud explica, etc.
Mas o que acontece se você treinar muito um determinado tipo de habilidade e pouco ou nada outra? Por exemplo, o que aconteceria se na escola você treinasse muito a escrita mas pouco ou nada a leitura? É bastante provável que você desenvolvesse muito a primeira e pouco a segunda. O que aconteceria se você tivesse tido uma de suas mãos amarradas durante os primeiros dez anos de sua vida, usando apenas aquela que ficou livre durante todo este tempo? É possível que aquela que esteve amarrada tivesse seus músculos atrofiados, assim como movimentos e sensibilidade pouco desenvolvidos. Agora reflita: será que não ocorreu um pouco disto na educação praticada no país até bem pouco tempo atrás? Um treino maciço do pensamento lógico, das habilidades de cálculo, testes de múltipla escolha ou de completar sentenças, do pensamento vertical (hemisfério esquerdo), havendo poucas atividades que estimulassem a criatividade, a musicalidade, a intuição, as soluções originais (hemisfério direito), o pensamento lateral (que será tema de um próximo artigo)?
A boa notícia é que podemos treinar as habilidades do hemisfério usado com menor freqüência, aquele que porventura esteja sendo sub-utilizado.Esta é uma das propostas da Programação Neurolingüística (PNL), uma nova tecnologia acerca do comportamento humano que compara o cérebro a um computador que nos é dado sem o manual do usuário. Nossos comportamentos, hábitos e habilidades são como “programas” que usamos em nosso cérebro. A PNL aparece então neste contexto como o “manual do usuário” deste nosso “computador mental”, ensinando-nos que é possível nos reprogramarmos e ainda adquirirmos novos e melhores programas. Desta forma, poderemos utilizar plenamente nosso potencial (nosso cérebro, nosso pensamento vertical e lateral, nossa linguagem) e assim atingirmos nossos objetivos nas mais variadas áreas de nossas vidas: afetiva, profissional, social, etc. Poderemos acessar em nós habilidades de ambos os hemisférios cerebrais, poderemos descobrir recursos que sempre estiveram em nós mas que antes não sabíamos utilizar (como programas instalados em nosso computador há muitos anos mas que nunca antes houvessem sido acessados por nós).
(*) Nelly Beatriz M. P. Penteado é Psicóloga e Master Practitioner em Programação Neurolingüística (PNL).

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

avifauna3


O PAPAGAIO-DE-CARA-ROXA é uma ave da família dos psitacídeos cuja espécie é própria da região sudeste do Brasil. Seu habitat natural, além da mata atlântica, é o remanescente das florestas de restinga existentes na Reserva Ecológica de Jacarepiá, área territorial do município de Saquarema, região dos lagos fluminense.

O SABIÁ-DA-PRAIA, como sugere o seu nome, é uma ave da família dos Turdidae que habita a área litorânea da praia e restinga, sendo dela exclusiva. Mas devido a acelerada destruição desse seu habitat, aliado ao fato de ser também muito perseguida por gaioleiros, encontra-se em vias de entrar na lista oficial de extinção.

As aves da família dos pica-paus (Picidae) têm a mesma característica, ou seja, os pés e os dedos centrais são voltados para frente. Isso facilita sua subida nos troncos das árvores, segurando-se pelas unhas compridas e afiadas. Seu equilíbrio ainda é favorecido pelas penas duras da cauda que o ajudam mantê-lo na posição vertical enquanto bate na casca com o seu forte bico reto. Mede em torno de 9 cm e quase sempre é visto em casal. A fêmea diferencia do macho por não possuir uma coroa avermelhada. O PICA-PAU-ANÃO-BARRADO é uma das espécies da ordem dos Piciformes encontrada na restinga de Massambaba, junto a Reserva Ecológica de Jacarepiá, onde ainda habitam outras espécies da família, como o majestoso Pica-pau-dourado (Picus aurulentus).



O PICA-PAU-DOURADO é uma ave que ocorre no sudeste brasileiro, especialmente nas áreas de restinga da região dos lagos fluminense. Na Reserva Ecológica de Jacarepiá, localizada em Saquarema, é comumente visto entre a praia e os complexos brejais, onde caça e constrói seus ninhos. O pica-pau, como a maioria da família dos Picídeos, tem seus pés recurvados e unhas longas e afiadas. Sendo característico segurar-se verticalmente nos galhos grossos e troncos das árvores, habilidade que facilita seu trabalho de perfurar os troncos. E com a sua língua pegajosa, de ponta afiada e cheia de corpúsculos, três vezes maior do que o bico, espeta os ovos de insetos e larvas de besouros. Alimentando-se também da seiva que escorre enquanto perfura a procura desses alimentos.




A coruja buraqueira tem hábitos diurnos. Alimenta-se de sernambis e maria-farinha encontradas na parte alta da praia e pequenos répteis dentre a vegetação rasteira de restinga. Constrói seu ninho sob a areia, através de um túnel com mais de um metro de profundidade.










AVIFAUNA2

Como se estivesse deslizando sobre a areia, a BATUÍRA-DE-COLEIRA corre entre o espraiar das ondas, aproveitando o recuo destas para apanhar pequenos tatuís. É esperta o suficiente para nunca ser apanhada pela próxima onda. Esta espécie de batuíra é a única encontrada no Brasil que não migra. Ocorre nas praias desertas, como a de Massambaba, território da Reserva Ecológica de Jacarepiá.
O sanhaço-cinzento é uma ave da família dos Emberizidae. É famoso por realizar acrobacias quando na disputa por frutas com outros pássaros. Tem um canto longo, entrecortado pelo som de notas altas e baixas.

O beija-flor-besourinho é a menor ave encontrada até hoje na restinga, área da Reserva Ecológica de Jacarepiá, em Saquarema, região dos lagos fluminense. Mede aproximadamente 35 mm e pesa menos de 3 g. Seu tamanho, entretanto, não o amedronta diante de outras aves maiores. Visto que o besourinho avança com valentia, até mesmo contra gaviões que se aproximem do seu ninho. Existem cerca de 330 espécies de beija flores espalhadas pelos três continentes americanos. O Brasil, embora não seja o país que detenha a maior concentração de beija-flores do mundo, possui mais de 150 espécies.


O anu-branco é um pássaro do gênero Crotophaga, da família dos Cuculidae, que ocorre em praticamente todo o Brasil. Uma de suas características é o vôo baixo, um pouco desajeitado, dando a impressão de estar carregando algum peso extra ou soltando as penas. Normalmente anda em bandos de 8 a 15 indivíduos. Vive saltando de árvore em árvore, predando ninhos de outros pássaros, devorando lagartas e pequenos répteis que são alcançados tanto nas árvores como no solo. Tem um canto inconfundível que logo anuncia a sua presença.



AVIFAUNA

SAÍRA SAPUCAIA (Tangara peruviana), é uma espécie endêmica ao litoral de Massambaba, onde se encontra a Reserva Ecológica de Jacarepiá, área entre os municípios de Saquarema e Arraial do Cabo. Devido a crescente ameaça desse seu habitat natural da restinga, a saíra sapucaia está na lista de extinção, tendo o número de indivíduos reduzido a cada verão mediante o aumento dos empreendimentos imobiliários que destroem a vegetação e aterram brejos e lagoas.
A despeito de mais de 90% das aves existentes no mundo já haverem sido descritas pela Ciência, muitas espécies desapareceram para reaparecer dezenas de anos mais tarde, intrigando os pesquisadores. É o caso do papa formiga, um pássaro da família dos formicívuras, que vem despertando muita curiosidade entre ambientalistas observadores de aves. O papa-formiga-do-litoral tem seu habitat nas matas da baixada litorânea. Sendo endêmico as matas restinga de Massambaba, região dos lagos fluminense, mas propriamente na área da Reserva Ecológica de Jacarepiá, localizada em Saquarema.

O gavião quiri-quiri é uma ave de porte médio pertencente a família dos falconídeos, sendo considerado um dos mais eficientes predadores alados da praia. Suas potentes garras e incrível habilidade de vôo o leva a apanhar as presas em rasante, estrangulando-as ainda no ar. Possui uma acuidade visual oito vezes superior à humana, controlando todos os movimentos no solo arenoso e ao redor do seu ponto no galho mais alto do arbusto da restinga.


fotos de Saquarema

VEGETAÇÃOO RASTEIRA DO CORDÃO ARENOSO DA PRAIA DE MASSAMBABA, ÁREA RELATIVA A RESERVA DE JACAREPIÁ
BREJO DO CARMO - SITUADO ENTRE A PRAIA E A MATA DE RESTINGA

restinga da reserva de jacarepiá


lagoa de Jacarepiá próxima ao sítio



foto da igreja de nossa senhora de Nazaret




lamentavelmente não possuimos mas essa beleza mas pelo menos fica nas nossas memórias!!! e não erremos mas!

























sexta-feira, 3 de outubro de 2008

desobediencia civil

A Desobediência Civil
Henry David Thoreau
Obra atualíssima, embora publicada em 1848
A Desobediência Civil é o texto mais conhecido de Thoreau. Escrito em 1848 influenciou profundamente pessoas como Mahatma Gandhi, Leon Tolstoi, Martin Luther King e tantos outros. Muito à frente de seu tempo, sua defesa do Direito à Rebeldia esteve, desde sempre, a serviço da luta contra todas as formas de discriminação. Lutou contra a escravidão nos EUA, pelos direitos das mulheres, em defesa do meio-ambiente, contra a discriminação étnica e sexual. Como pacifista Radical (indo à Raiz do mal que combate) recusou-se a pagar impostos a um governo autoritário que fazia mais uma guerra predatória na qual roubou mais da metade do território mexicano – este ato Radical de Desobediência Civil lhe custou um tempo na cadeia que lhe foi útil a escrever e deixar para a posteridade seus pensamentos – muitas vezes, diria mesmo que na maior parte delas, o lutador pelo que é VERDADEIRAMENTE Justo e Perfeito só é reconhecido postumamente após uma vida eivada de dissabores. Questão de escolha. Há aqueles que não compactuam com a injustiça, a prepotência, a arrogância ou o roubo. Há os que se acomodam. Quem se acomoda, em geral, vive melhor mas, como dizia Leonardo Da Vinci, não passam de meros condutores de comida, não deixando rastro algum de sua passagem pelo mundo exceto latrinas cheias... Acerca de um Homem do Quilate de Henry David Thoreau ( 1817 – 1862 ) muito já se disse. Dele mesmo, guardo comigo algumas pérolas aforismáticas:“Quando o súdito nega obediência e quando o funcionário se recusa a aplicar as leis injustas ou simplesmente se demite, está consumada a Revolução”“A tirania da Lei não é abrandada por sua origem majoritária”“Só cada pessoa pode ser juiz de sua própria vida”“Não é suficiente ser deixado em paz por um governo que pratica a corrupção sistemática e cobra impostos para fazer mal a seu próprio povo!”
Vamos ao texto!
Aceito com entusiasmo o lema "O melhor governo é o que menos governa"; e gostaria que ele fosse aplicado mais rápida e sistematicamente. Leva­do às últimas conseqüências, este lema significa o seguinte, no que também creio: "O melhor governo é o que não governa de modo algum"; e, quando os homens estiverem preparados, será esse o tipo de governo que terão. O governo, no melhor dos casos, nada mais é do que um artifício conveniente; mas a maioria dos governos é por vezes uma inconveniência, e todo o governo algum dia acaba por ser in­conveniente. As objeções que têm sido levantadas contra a existência de um exército permanente, numerosas e substantivas, e que merecem prevalecer, podem também, no fim das contas, servir para pro­testar contra um governo permanente. O exército permanente é apenas um braço do governo permanente. O próprio governo, que é simplesmente uma forma que o povo escolheu para executar a sua vontade, está igualmente sujeito a abusos e perversões antes mesmo que o povo possa agir através dele. Prova disso é a atual guerra contra o México, obra de um número relativamente pequeno de indivíduos que usam o governo permanente como um instrumento particular; isso porque o povo não teria consentido, de início, uma iniciativa dessas.
Esse governo norte-americano - que vem a ser ele senão uma tradição, ainda que recente, tentando-se transmitir inteira à posteridade, mas que a cada instante vai perdendo porções da sua integridade? Ele não tem a força nem a vitalidade de um único homem vivo, pois um único homem pode fazê-lo dobrar-se à sua vontade. O governo é uma espécie de revólver brinquedo para o próprio povo; e ele certamente vai quebrar se por acaso os norte-americanos o usarem seriamente uns contra os outros, como uma arma de verdade. Mas nem por isso ele é menos necessário; pois o povo precisa dispor de uma ou outra máquina complicada e barulhenta para preencher a sua concepção de governo. Desta forma, os governos são a prova de como os homens podem ter sucesso no ato de oprimir em proveito próprio, não importando se a opressão se volta também contra eles. Devemos admitir que ele é excelente; no entanto, este governo em si mesmo nunca estimulou qualquer iniciativa a não ser pela rapidez com que se dispôs a não atrapalhar. Ele não mantém o país livre. Ele não povoa as terras do oeste. Ele não educa. O caráter inerente do povo norte-americano é o responsável por tudo o que temos conseguido fazer; e ele teria conseguido fazer consideravelmente mais se o governo não tivesse sido por vezes um obstáculo. Pois o governo é um artifício através do qual os homens conseguiriam de bom grado deixar em paz uns aos outros; e, como já foi dito, a sua conveniência máxima só ocorre quando os governados são minimamente molestados pelos seus governantes. Se não fossem feitos de borracha da Índia, os negócios e o comércio nunca conseguiriam ultrapassar os obstáculos que os legisladores teimam em plantar no seu caminho; e se fôssemos julgar estes senhores levando em conta exclusivamente os efeitos dos seus atos - esquecendo as suas intenções -, eles merece­riam a classificação dada e as punições impostas a essas pessoas nocivas que gostam de obstruir as ferrovias.
No entanto, quero me pronunciar em termos práticos como cidadão, distintamente daqueles que se chamam antigovernistas: o que desejo imediatamente é um governo melhor, e não o fim do governo. Se cada homem expressar o tipo de governo capaz de ganhar o seu respeito, estaremos mais próximos de conseguir formá-lo.
No final das contas, o motivo prático pelo qual se permite o governo da maioria e a sua continuidade - uma vez passado o poder para as mãos do povo - não é a sua maior tendência a emitir bons juízos, nem porque possa parecer o mais justo aos olhos da minoria, mas sim porque ela (a maioria) é fisicamente a mais forte. Mas um governo no qual prevalece o mando da maioria em todas as questões não pode ser baseado na justiça, mesmo nos limites da avaliação dos homens. Não será possível um governo em que a maioria não decida virtualmente o que é certo ou errado? No qual a maioria decida apenas aquelas questões às quais seja aplicável a norma da conveniência? Deve o cidadão desistir da sua consciência, mesmo por um único instante ou em última instância, e se dobrar ao legislador? Por que então estará cada homem dotado de uma consciência? Na minha opinião devemos ser em primeiro lugar homens, e só então súditos. Não é desejável cultivar o respeito às leis no mesmo nível do respeito aos direitos. A única obrigação que tenho direito de assumir é fazer a qual­quer momento aquilo que julgo certo. Costuma-se dizer, e com toda a razão, que uma corporação não tem consciência; mas uma corporação de homens conscienciosos é uma corporação com consciência. A lei nunca fez os homens sequer um pouco mais justos; e o respeito reverente pela lei tem levado até mesmo os bem-intencionados a agir quotidianamente como mensageiros da injustiça. Um resultado comum e natural de um respeito indevido pela lei é a visão de uma coluna de soldados - coronel, capitão, cabos, combatentes e outros - marchando para a guerra numa ordem impecável, cruzando morros e vales, contra a sua vontade, e como sempre contra o seu senso comum e a sua consciência; por isso essa marcha é mui­to pesada e faz o coração bater forte. Eles sabem perfeitamente que estão envolvidos numa iniciativa mal­dita; eles têm tendências pacíficas. O que são eles, então? Chegarão a ser homens? Ou pequenos fortes e paióis móveis, a serviço de algum inescrupuloso detentor do poder? É só visitar o Estaleiro Naval e contemplar um fuzileiro: eis aí o tipo de homem que um governo norte-americano é capaz de fabricar - ou transformar com a sua magia negra -, uma sombra pálida, uma vaga recordação da condição humana, um cadáver de pé e vivo que, no entanto, se poderia considerar enterrado sob armas com acompanhamento fúnebre, embora possa acontecer que

"Não se ouviu um rufar nem sequer um toque de silêncio enquanto à muralha o seu corpo levamos nenhum soldado disparou uma salva de adeus sobre o túmulo onde jaze o herói que enterramos".

Desta forma, a massa de homens serve ao Esta­do não na sua qualidade de homens, mas sim como máquinas, entregando os seus corpos. Eles são o exército permanente, a milícia, os carcereiros, os polícias, posse comitatus, e assim por diante. Na maior parte dos casos não há qualquer livre exercício de escolha ou de avaliação moral; ao contrário, estes homens nivelam-se à madeira, à terra e às pedras; e é bem possível que se consigam fabricar bonecos de madeira com o mesmo valor de homens desse tipo. Não são mais respeitáveis do que um espantalho ou um monte de terra. Valem tanto quanto cavalos e cachorros. No entanto, é comum que homens assim sejam apreciados como bons cidadãos. Há outros, como a maioria dos legisladores, políticos, advogados, funcionários e dirigentes, que servem ao Estado principalmente com a cabeça, e é bem provável que eles sirvam tanto ao Diabo quanto a Deus - sem intenção -, pois raramente se dispõem a fazer distinções morais. Há um número bastante reduzido que serve ao Estado também com a sua consciência; são os heróis, patriotas, mártires, reformadores e homens, que acabam por isso necessariamente resistindo, mais do que servindo; e o Estado trata-os geralmente como inimigos. Um homem sábio só será de fato útil como homem, e não se sujeitará à condição de "barro" a ser moldado para "tapar um buraco e cortar o vento”; ele preferirá deixar esse papel, na pior das hipóteses, para as suas cinzas:

"A minha origem é nobre demais para que eu seja propriedade de alguém. Para que eu seja o segundo no comando ou um útil serviçal ou instrumento de qualquer Estado soberano deste mundo"

Os que se entregam completamente aos seus semelhantes são por eles considerados inúteis e egoístas; mas aqueles que se dão parcialmente são entronizados como benfeitores e filantropos.
Que comportamento digno deve ter um homem perante o atual governo vigente nos Estados Unidos? A minha resposta é que ele inevitavelmente se degrada pelo fato de estar associado a ele. Nem por um mi­nuto posso considerar o meu governo uma organização política que é também o governo do escravo.
Todos reconhecem o direito à revolução, ou seja, o direito de negar lealdade e de oferecer resistência ao governo sempre que se tornem grandes e insuportáveis a sua tirania e ineficiência. No entanto, quase todos dizem que tal não acontece agora. Consideram, porém, que isso aconteceu em 1775. Se alguém me dissesse que o nosso governo é mão porque estabeleceu certas taxas sobre bens estrangeiros que chegam aos seus portos, o mais provável é que eu não criasse qualquer caso, pois posso muito bem passar sem eles: todas as máquinas têm atrito e talvez isso faça com que o bom e o mau se compensem. De qualquer forma, fazer um rebuliço por causa disso é um grande mal. Mas quando o próprio atrito chega a construir a máquina e vemos a organização da tirania e do roubo, afirmo que devemos repudiar essa máquina. Em outras palavras, quando um sexto da população de um país que se elegeu como o refúgio da liberdade é composto de escravos, e quando todo um país é injustamente assaltado e conquistado por um exército estrangeiro e submetido à lei marcial, devo dizer que não é cedo demais para a rebelião e a revolução dos homens honestos. E esse dever é tão mais urgente pelo fato de que o país assaltado não é o nosso, e pior ainda, que o exército invasor é o nosso.
William Paley, uma autoridade em assuntos morais, tem um capítulo intitulado Duty of submission to civil government (O dever de submissão ao governo civil), no qual soluciona toda a questão das obrigações políticas pela fórmula da conveniência; e diz: "Enquanto o exigir o interesse de toda a sociedade, ou seja, enquanto não se possa resistir ao governo estabelecido ou mudá-lo sem in­conveniência pública, é a vontade de Deus que tal governo seja obedecido - e nem um dia além disso. Admitindo-se este princípio, a justiça de cada ato particular de resistência reduz-se à computação do volume de perigo e protestos, de um lado, e da probabilidade e custos da reparação, de outro". Diz ele que cada um julgará esta questão por si mesmo. Mas parece que Paley nunca levou em conta os casos em que a regra da conveniência não se aplica, nos quais um povo ou um indivíduo tem que fazer justiça a qualquer custo. Se arranquei injustamente a tábua que é a salvação de um homem que se afoga, sou obrigado a devolvê-la, ainda que eu mesmo me afogue. De acordo com Paley, esta é uma circunstância inconveniente. Mas quem quiser se salvar desta for­ma acabará perdendo a vida. O povo norte-americano tem que pôr fim à escravidão e tem que parar de guerrear com o México, mesmo que isso lhe custe a existência enquanto povo.
As nações, na sua prática, concordam com Paley, mas haverá quem considere que Massachusetts esteja agir corretamente na crise atual?

"Uma rameira de alta linhagem, um trapo de pano prateado atirado à lama,
Levanta a cauda do vestido, e arrasta no chão a sua alma"

Em termos práticos, os que se opõem à abolição em Massachusetts não são uns cem mil políticos do sul, mas uns cem mil comerciantes e fazendeiros da­qui, que se interessam mais pelos negócios e pela agricultura do que pela humanidade e que não estão dispostos a fazer justiça ao escravo e ao México, custe o que custar. Não discuto com inimigos distantes, mas com aqueles que, bem perto de mim, cooperam com a posição de homens que estão longe daqui e defendem-na; estes últimos homens seriam inofensivos se não fosse por aqueles. Estamos acostumados a afirmar que os homens em geral são despreparados; mas as melhorias são lentas, porque os poucos não são substantivamente mais sábios ou melhores do que os muitos. Não é tão importante que muitos sejam tão bons quanto você, e sim que haja em algum lugar alguma porção absoluta de virtude; isso bastará para fermentar toda a massa. Há milhares de pessoas cuja opinião é contrária à escravidão e à guerra; apesar disso, nada fazem de eletivo para pôr fim a ambas; dizem-se filhos de Washington e Franklin, mas ficam sentados com as mãos nos bolsos, dizendo não saber o que pode ser feito e nada fazendo; chegam a colocar a questão do livre comércio à frente da questão da liberdade, e ficam quietos lendo as cotações do dia junto com os últimos boletins militares sobre a campanha do México; é possível até que acabem por adormecer durante a leitura. Qual é hoje a cotação do dia de um homem honesto e patriota? Eles hesitam, arrependem-se e às vezes assinam petições, mas nada fazem de sério ou de eletivo. Com muito boa disposição, preferem esperar que outros remedeiem o mal, de forma que nada reste para motivar o seu arrependimento. No melhor dos casos, nada mais farão do que depositar na urna um voto insignificante, cumprimentar timidamente a atitude certa e, de passagem, desejar-lhe boa sorte. Há novecentos e noventa e nove patronos da virtude e apenas um homem virtuoso; mas é mais fácil lidar com o verdadeiro dono de algo do que com seu guardião temporário.
Toda a votação é um tipo de jogo, tal como damas ou gamão, com uma leve coloração moral, onde se brinca com o certo e o errado sobre questões morais; e é claro que há apostas neste jogo. O caráter dos eleitores não entra nas avaliações. Proclamo o meu voto - talvez - de acordo com meu critério moral; mas não tenho um interesse vital de que o certo saia vitorioso. Estou disposto a deixar essa decisão para a maioria. O compromisso de votar, desta forma, nunca vai mais longe do que as conveniências. Nem mesmo o ato de votar pelo que é certo implica fazer algo pelo que é certo. É apenas uma forma de expressar publicamente o meu anêmico desejo de que o certo venha a prevalecer. Um homem sábio não deixará o que é certo nas mãos incertas do acaso e nem esperará que a sua vitória se dê através da força da maioria. Há escassa virtude nas ações de massa dos homens. Quando finalmente a maioria votar a favor da abolição da escravatura, das duas uma: ou ela será indiferente à escravidão ou então restará muito pouca escravidão a ser abolida pelo o seu voto. A essa altura, os únicos escravos serão eles, os integrantes da maio­ria. O único voto que pode apressar a abolição da escravatura é o daquele homem que afirma a própria liberdade através do seu voto.
Estou informado de que haverá em Baltimore, ou em outro lugar qualquer, uma convenção para escolher um candidato à presidência; essa convenção é composta principalmente por editores de jornais e políticos profissionais; mas que importância terá a possível decisão desta reunião para um homem independente, inteligente e respeitável? No fim das contas, ainda poderemos contar com as vantagens da sua sabedoria e da sua honestidade, não é mesmo? Será que não poderemos prever alguns votos independentes? Não haverá muitas pessoas neste país que não freqüentam convenções? Mas não é isso o que ocorre: percebo que o homem considerado respeitável logo abandona a sua posição e passa a não ter mais esperanças no seu país, quando o mais certo seria que seu país desesperasse dele. A partir disso ele adere a um dos candidatos assim selecionados por ser o único disponível, apenas para provar que ele mesmo está disponível para todos os planos do demagogo. O voto de um homem desses não vale mais do que o voto eventualmente comprado de um estrangeiro inescrupuloso ou do nativo venal. Oh! É preciso um homem que seja um homem e que tenha, como diz um vizinho meu, uma coluna dorsal que não se dobre aos poderosos! As nossas estatísticas estão erradas: contou-se gente demais. Quantos homens existem em cada mil milhas quadradas deste país? Dificilmente se contará um. A América oferece ou não incentivos para a imigração de homens? Os homens norte-americanos foram rareando até à dimensão de uma irmandade secreta como a dos Odd Fellows, cujo integrante típico pode ser identifica­do pelo seu descomunal caráter gregário, pela manifesta falta de inteligência e de jovial autoconfiança; a sua preocupação primeira e maior ao dar entrada neste mundo é a de verificar se os asilos estão em boas condições de funcionamento; antes mesmo de ter direito a envergar roupas de adulto ele organiza uma coleta de fundos para as viúvas e órfãos que porventura existam; em poucas palavras, é um homem que só ousa viver com a ajuda da Companhia de Seguros Mútuos, que lhe prometeu um enterro decente.
De fato, nenhum homem tem o dever de se dedicar à erradicação de qualquer mal, mesmo o maior dos males; ele pode muito bem ter outras preocupações que o mobilizem. Mas ele tem no mínimo a obrigação de lavar as mãos frente à questão e, no caso de não mais se ocupar dela, de não dar qualquer apoio prático à injustiça. Se me dedico a outras metas e considerações, preciso ao menos verificar se não estou fazendo isso à custa de alguém em cujos ombros esteja sentado. É preciso que eu saia de cima dele para que ele também possa estar livre para fazer as suas considerações. Vejam como se tolera uma inconsistência das mais grosseiras. Já ouvi alguns dos meus conterrâneos dizerem: "Queria que eles me convocassem para ir combater um levante de escravos ou para atacar o México - pois eu não iria"; no entanto, cada um destes homens possibilitou o envio de um substituto, fazendo isso diretamente pela sua fidelidade ao governo, ou pelo menos indiretamente através do seu dinheiro. O soldado que se recusa a participar de uma guerra injusta é aplaudido por aqueles que não recusam apoio ao governo injusto que faz a guerra; é aplaudido por aqueles cuja ação e autoridade ele despreza e desvaloriza; tudo funciona como se o Estado estivesse suficiente­mente arrependido para contratar um crítico dos seus pecados, mas insuficientemente arrependido para interromper por um instante sequer os seus atos pecaminosos. Estamos todos, desta forma, de conformidade com a ordem e o governo civil, reunidos para homenagear e dar apoio à nossa própria crueldade. Se ruborizamos ante o nosso primeiro pecado, logo depois se instala a indiferença. Passamos do imoral ao não-moral, e isso não é tão desnecessário assim para o tipo de vida que construímos.
O mais amplo e comum dos erros exige a virtude mais generosa para se manter. São os nobres os mais passíveis de proferir os moderados ataques a que comumente está sujeita a virtude do patriotismo. Sem dúvida, os maiores baluartes conscienciosos do governo, e muito freqüentemente os maiores opositores das reformas, são aqueles que desaprovam o caráter e as medidas de um governo, sem no entanto lhe retirar a sua lealdade e apoio. Há gente coletando assinaturas para fazer petições ao Estado de Massachusetts no sentido de dissolver a União e de desprezar as recomendações do presidente. Ora, por que eles mesmos não dissolvem essa união entre eles e o Estado e se recusam a pagar a sua cota de impostos? Não estão eles na mesma relação com o Estado que a que este mantém com a União? E não são as mesmas as razões que evitaram a resistência do Esta­do à União e a resistência deles ao Estado?
Como pode um homem se satisfazer com a mera posse de uma opinião e de fato usufruí-la? Pode haver algum usufruto da opinião quando o dono dela a vê ofendida? Se o seu vizinho o vigariza e lhe sub­trai um mero dólar, você não se satisfaz com a descoberta da vigarice, com a proclamação de que foi vigarizado e nem mesmo com as suas gestões no sentido de ser devidamente reembolsado; o que você faz é tomar medidas efetivas e imediatas para ter o seu dinheiro de volta e cuidar de nunca mais ser enganado. Ações baseadas em princípios - a percepção e a execução do que é certo - modificam coisas e relações; a ação deste gênero é essencialmente revolucionária e não se reduz integralmente a qualquer coisa preexistente. Ela cinde não apenas Estados e Igrejas; divide famílias; e também divide o indivíduo» separando nele o diabólico do divino.
Existem leis injustas; devemos submeter-nos a elas e cumpri-las, ou devemos tentar emendá-las e obedecer a elas até à sua reforma, ou devemos transgredi-las imediatamente? Numa sociedade com um governo como o nosso, os homens em geral pensam que devem esperar até que tenham convencido a maioria a alterar essas leis. A sua opinião é de que a hipótese da resistência pode vir a ser um remédio pior do que o mal a ser combatido. Mas é precisa­mente o governo o culpado pela circunstância de o remédio ser de fato pior do que o mal. É o governo que faz tudo ficar pior. Por que o governo não é mais capaz e se antecipa para lutar pela reforma? Por que ele não sabe valorizar a sua sábia minoria? Por que ele chora e resiste antes de ser atacado? Por que ele não estimula a participação altiva dos cidadãos para que eles lhe mostrem as suas falhas e para conseguir um desempenho melhor do que eles lhe exigem? Por que eles lhe exigem? Por que ele sempre crucifica Jesus Cristo, e excomunga Copérnico e Lutero e qualifica Washington e Franklin de rebeldes?
Não é absurdo pensar que o único tipo de transgressão que o governo nunca previu foi a negação deliberada e prática de sua autoridade; se não fosse assim, por que então não teria ele estabelecido a penalidade clara, cabível e proporcional? Se um homem sem propriedade se recusa pela primeira vez a recolher nove xelins aos cofres do Estado, é preso por prazo cujo limite não é estabelecido por qualquer lei que eu conheça; esse prazo é determinado exclusivamente pelo arbítrio dos que o enviam à prisão. Mas se ele resolver roubar noventa vezes nove xelins do Estado, em breve estará novamente em liberdade.
Se a injustiça é parte do inevitável atrito no funcionamento da máquina governamental, que seja assim: talvez ela acabe suavizando-se com o desgaste - certamente a máquina ficará desajustada. Se a injustiça for uma peça dotada de uma mola exclusiva - ou roldana, ou corda, ou manivela -, aí então talvez seja válido julgar se o remédio não será pior do que o mal; mas se ela for de tal natureza que exija que você seja o agente de uma injustiça para outros, digo, então, que se transgrida a lei. Faça da sua vida um contra-atrito que pare a máquina. O que preciso fazer é cuidar para que de modo algum eu participe das misérias que condeno.
No que diz respeito às vias pelas quais o Esta­do espera que os males sejam remediados, devo dizer que não as conheço. Elas são muito demoradas, e a vida de um homem pode chegar ao fim antes que elas produzam algum efeito. Tenho outras coisas para fazer. Não vim a este mundo com o objetivo principal de fazer dele um bom lugar para morar, mas apenas para morar nele, seja bom ou mão. Um homem não carrega a obrigação de fazer tudo, mas apenas alguma coisa; e só porque não pode fazer tudo não é necessário que faça alguma coisa errada. Não está dentro das minhas incumbências apresentar petições ao governador e à Assembléia Legislativa, da mesma forma que eles nada precisam fazer de semelhante em relação a mim. Suponhamos que eles não dêem atenção a um pedido meu; que devo fazer então? Mas nesse caso o Estado não forneceu outra via: o mal está na sua própria Constituição. Isto pode parecer grosseria, teimosia e intransigência, mas só quem merece ou pode apreciar a mais fina bondade e consideração deve receber este tipo de tratamento. Todas as mudanças para melhor são assim, tais como o nascimento e a morte, que produzem convulsões nos corpos.
Não hesito em afirmar que todos os que se intitulam abolicionistas devem imediata e efetivamente retirar o seu apoio - em termos pessoais e de propriedade - ao governo do Estado de Massachusetts, e não ficar esperando até que consigam formar a mais estreita das maiorias para só então alcançar o sofrido direito de vencer através dela. Creio que basta saber que Deus está do seu lado, o que vale mais do que o último votante a fazer majoritárias as suas fileiras. E, além de tudo, qualquer homem mais correto do que os seus vizinhos já constitui uma maioria apertada.
É apenas uma vez por ano, e não mais do que isso, que me encontro cara a cara com este governo norte-americano, ou com o governo estadual que o representa: é quando sou procurado pelo coletor de impostos; essa é a única instância em que um homem na minha situação não pode deixar de se encontrar com esse governo; e ele aproveita a oportunidade e diz claramente: "Reconheça-me". E não há outra forma mais simples, mais efetiva e, na conjuntura atual, mais indispensável de lidar com o governo neste particular, de expressar a sua pouca satisfação ou seu pouco amor em relação a ele: é preciso negá-lo, naquele local e momento. O coletor de impostos é meu vizinho e concidadão, e é com ele que tenho de lidar porque afinal de contas estou lutando contra homens, e não contra o pergaminho das leis, e sei que ele voluntariamente optou por ser um agente governamental. Haverá outro modo de ele ficar sabendo claramente o que é e o que fiz enquanto agente do governo, ou enquanto homem, a não ser quando forçado a decidir que tratamento vai dar a mim, o vizinho que ele respeita como tal e como homem de boa índole, ou que ele considera um maníaco e desordeiro? Será ele capaz de superar esse obstáculo à sua sociabilidade sem um pensamento ou uma palavra mais rudes ou mais impetuosos a acompanhar a sua ação? Disso estou certo: se mil, ou cem, se dez homens que conheço - apenas dez homens honestos ou até um único homem honesto do Estado de Massachusetts, não mais sendo dono de escravos, decidisse pôr fim ao seu vínculo com o Estado, para logo em seguida ser trancado na cadeia municipal, estaria ocorrendo nada menos do que a abolição da escravatura nos Estados Unidos da América. Pois não importa que os primeiros passos pareçam peque­nos: o que se faz bem feito faz-se para sempre. Mas preferimos debater o assunto: essa é nossa missão, dizemos. Há dezenas de jornais nas fileiras do abolicionismo, mas não há um único homem. O meu querido vizinho, que desempenhou o papel de embaixador de Massachusetts e que sempre se dedica à resolução das questões dos direitos humanos na Câmara do Conselho, esteve ameaçado de amargar uma prisão na Carolina do Sul; no entanto, se tivesse sido prisioneiro do Estado de Massachusetts, esse Estado que ansiosamente lança à Carolina do Sul a acusação de pecar com a escravidão (embora atualmente não encontre nada além de uma atitude pouco hospitaleira como motivo para brigar com ela), o nosso Legislativo não seria capaz de adiar liminarmente o assunto da escravidão até ao próximo inverno.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

casa familiar rural essa idéia já pegou





MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIOSECRETARIA DA AGRICULTURA FAMILIARPROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR – PRONAF

Casa Familiar RuralAprendendo com a realidade
HISTÓRICO
As Casas Familiares Rurais (CFR) tiveram origem na França em 1937, por iniciativa de um grupo de famílias do meio rural, propondo a adoção de uma formação profissional aliada à educação humana para seus filhos. Nascia , assim, a Casa Familiar Rural, com a estrutura da Pedagogia da Alternância.Hoje, a Casa Familiar Rural expandiu-se para os cinco continentes, em trinta países, com a mesma concepção - responsabilidade e engrossamento das famílias na formação dos jovens, no sentido de provocar o desenvolvimento global do meio.
No Sul do Brasil, o processo de implantação das Casas Familiares Rurais teve início no Paraná, em 1987, nos municípios de Barracão e Santo Antônio do Sudoeste, com discussão dos agricultores e envolvimento das comunidades.
Já em 1991, as Casas Familiares Rurais estavam sendo implantadas nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul e desenvolveram-se, também, nos outros Estados do Brasil, sobre a coordenação das Associações Regionais das CFR (ARCAFAR) hoje organiza-se em Confederação Nacional (CONACAFARB)
Em 1998, as Casas Familiares Rurais integram-se às ações, em nível federal, do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF, possibilitando o crescimento de unidades implantadas no Pais. Os princípios do PRONAF são convergentes com os adotados pelas CFR, facilitando assim o acesso à profissionalização dos jovens e de suas famílias, e contribuindo com o aumento de ocupações produtivas e da renda no meio rural.
OBJETIVOS das Casas Familiares Rurais
-Oferecer aos jovens rurais uma formação integral, adequada a sua realidade, que lhes permitam atuar, no futuro, como um profissional no meio rural, além de se tornarem homens e mulheres em condições de exercerem plenamente a cidadania.-Melhorar a qualidade de vida dos produtores, dos rurais, através da aplicação de conhecimentos técnicos-científicos organizados a partir dos conhecimentos familiares, e através da pedagogia da alternância os jovens acima de 14 anos com 4a serie, 1° ou 2° Grau nos três anos de curso recebem um diploma de formação profissional e o 1° Grau, para aos que não têm.
-Fomentar no jovem rural o sentido de comunidade, vivência grupal e desenvolvimento do espírito associativo, e desenvolver a consciência de que é possível, através de técnicas de produção adequadas, de transformação de comercialização, viabilizar uma agricultura sustentável, sem agressão e prejuízos ao meio ambiente.
-Desenvolver práticas capazes de organizar melhor as ações de saúde de nutrição e cultural das comunidades.
FUNCIONAMENTO E METODOLOGIA
A duração das atividades na CFR é de três anos, em regime de internato, com a adoção do método de alternância onde os jovens passam:
---> duas semanas na propriedade, no meio profissional rural, e
---> uma semana na Casa Familiar Rural
Durante as duas semanas na propriedade ou no meio profissional, o jovem realiza um Plano de Estudo, discute sua realidade com a família, com os profissionais e provoca reflexões, planejam soluções e realiza experiências na sua realidade, disseminando assim novas técnicas nas comunidades.
E durante a semana na Casa Familiar Rural, os jovens colocam em comum com ajuda dos monitores os problemas as situações levantadas na realidade, buscam novos conhecimentos para compreender e explicar os fenômenos científicos.
Através os cursos profissionais com fichas pedagógicas que fazem parte da Pedagogia da Alternância são integradas a formação geral (interdisciplinaridade), a educação social e humana, e o desenvolvimento do espírito de trabalho em grupo.
Assim a Pedagogia da Alternância, baseada na realidade profissional dos jovens, é a forma de vinculação do conhecimento teórico e prático, ou seja " aprender a aprender ".
Uma equipe de monitores, ligados as áreas de Ciências Agrárias e Economia Doméstica, entre outras, são responsáveis pela organização, pela dinamização das atividades docentes, e pela elaboração, em conjunto com os pais da Associação da CFR e Órgãos, de um Plano de Formação, sempre respeitando o calendário agrícola local.Os monitores têm apoio e assessorameno técnico e pedagógicos das entidades locais e estaduais.Os monitores acompanham o trabalho, o projeto pessoal de cada jovem e particularmente, através das visitas nas famílias durante os períodos de alternâncias.
Existe, algumas Escolas Famílias Agrícolas que realizam formação com alternância.
ADMINISTRAÇÃO E MANUTENÇÃO
A Casa Familiar Rural é administrada por uma Associação formada pelas famílias, pais de jovens que freqüentam a CFR principalmente. O Conselho de Administração eleito pela Assembléia Geral represente as comunidades.
A associação organiza a pesquisa participativa nas comunidades, para escolher os Temas para poder elaborar com os monitores o Plano de Formação.
A associação mantém a CFR, através de um sistema de parceria, com o apoio dos órgãos públicos e privados do município e do estado. Cada família de jovem contribui, trazendo o que produz em sua propriedade, para sua própria alimentação na semana na CFR. Os Órgãos locais, Prefeituras e instituições diversas, apoiam o funcionamento. As Secretarias da Educação e da Agricultura, principalmente, apoiam financeiramente e tecnicamente, dependendo dos Estados.
A Associação regional, ARCAFAR, organiza o apoio no que se refere à Pedagogia da Alternância capacitando os monitores e os responsáveis das associações.
A ARCAFAR de cada região tem a função de representar e de assessorar a implantação das CFR, nos diversos estados, a fim de que as comunidades assumam a decisão consciente e participativa de criar a CFR e minimizando o oportunismo e influências diversas.
RESULTADOS
A formação profissional dos jovens de 14 a mais de 25 anos é organizada pelas CFR na maioria dos estados desde 1988. Os adultos são fortemente envolvidos através da formação dos jovens.
As 83 CFR que estão em funcionamento e mais de 257 associações se preparam para outras criações de CFR com apoio do PRONAF e outras instituições.
Duas Casas Familiares do Mar já funcionam em Santa Catarina nos municípios de São Francisco do Sul a mais antiga e Laguna que abriu recentemente
O Plano de Formação é elaborado a partir da realidade das famílias pesqueirasSeja a maricultura as recursos marinhos tecnologias de pesca, navegação oceanografia Ambientes costeiros, turismo.Na casa familiar do Mar diversos municípios participam com 3 grupos de 25 jovens e pouco a pouco todas as famílias estão envolvidasMuitos estados estão com vontade de desenvolver as Casas Familiares do Mar
Para responder a demanda das famílias as Casas Familiares Rurais estão desenvolvendo a profissionalização pelos setores não agrícolas como a pesca já contemplada e com a formação de pedreiros, marceneiros, mecânicos hotelaria Turismo etc.. .em função da demanda local
O impacto de todas as CFR é importante, considerando que cada jovem, envolve sua a família e 10 famílias vizinhas, seja 40 pessoas , cada CFR reagrupando de 60 a 80 jovens soma 3000 pessoas envolvidas por CFR. Atualmente as 83 CFR representem 250 000 pessoas envolvidas diretamente ou indiretamente.
Com as novas CFR, a médio prazo, serão 952 000 pessoas envolvidas.
Os resultados da profissionalização aparecem, através dos projetos que os jovens realizam durante as alternâncias, nas suas propriedades juntos com suas famílias.
Os resultados, na área técnica, são progressivos, principalmente no melhoramento da produção, com ênfase na diversificação desta produção nas propriedades e em particular, nos assentamentos.
Muitos jovens envolvem-se na transformação dos produtos e na comercialização. A maioria dessas atividades vem sendo feitas em grupos de forma associativa ou em pequenas cooperativas.
Os resultados sociais vêm sendo alcançados com o desenvolvimento das qualidades mais solidárias do jovem, trazendo uma sensível melhoria nas relações com as famílias. com amigos e com as comunidades de que fazem parte.
Os jovens das Casas Familiares Rurais desenvolvem a consciência crítica, a capacidade de entender melhor o mundo que o cerca, e passa a ser mais atuante dentro de sua família e das comunidades que vive.
DESAFIOS PARA O FUTURO
Despertar as entidades, em todos os níveis, para a importância e a seriedade do Projeto Casa Familiar Rural, envolvendo-os, no sentido de conseguir apoio para:
Conscientizar os agricultores que para ser profissional do futuro é preciso ter uma formação.
Investir na capacitação dos recursos humanos (associações e monitores) e ter reconhecimento da pedagogia.
Criar condições de trabalho com a construção de prédio, equipamentos didáticos, bibliotecas entre outros, abertos a todo, adequados às Casas Familiares Rurais .
Estimular a utilização do crédito para que os agricultores desenvolvam seus projetos de melhoria da produção através a agroindustrialização e a comercialização.
Avaliar e registrar constantemente os resultados obtidos, fazendo um trabalho de divulgação com objetivo de esclarecer as necessidades locais considerando o desenvolvimento sustentável da região de atuação, preservando o meio ambiente.